Fraudes no Brasil: entenda os golpes e como se proteger

Se tem uma coisa que a gente vê crescer nos últimos anos são os golpes financeiros. Desde o clássico phishing até as fraudes mais recentes envolvendo o Pix, o assunto está em todas as manchetes. Mas, em vez de ficar só lendo notícias, que tal aprender como essas fraudes funcionam e o que fazer para não cair nelas?

Fraudes mais comuns em 2024/2025

O Pix chegou para facilitar a vida, mas também virou alvo de golpistas. A Resolução 493 do Banco Central, que entrou em vigor em novembro de 2025, reforçou o rastreamento de valores por até 11 dias e tornou obrigatório o bloqueio de contas intermediárias. Mesmo assim, os criminosos continuam usando mensagens falsas de bancos, ofertas de prêmios e até perfis falsos nas redes sociais para induzir o usuário a transferir o dinheiro.

Além do Pix, ainda temos os golpes de clone de cartão, onde os fraudadores reproduzem os dados do seu cartão para fazer compras online, e os esquemas de falso suporte técnico, que exigem acesso remoto ao seu computador. Em muitos casos, a vítima só percebe o prejuízo quando o extrato já está cheio de transações.

Outro ponto de atenção são as fraudes envolvendo estornos fraudados. O fraudador cria uma conta fake, envia o dinheiro para o seu número ou CPF e, quando você aceita o depósito, o valor acaba por trás de um golpe de “estorno” que gera débito na sua conta.

Dicas práticas para evitar ser vítima

Primeiro, desconfie de qualquer mensagem que peça dados pessoais ou bancários. Bancos nunca pedem senhas ou códigos de segurança por SMS ou WhatsApp. Se receber um link, abra direto no site oficial, não no app do mensageiro.

Segundo, ative a autenticação em duas etapas (2FA) nas suas contas. Mesmo que alguém descubra sua senha, um segundo código enviado ao seu celular impede o acesso.

Terceiro, use o recurso de bloqueio e limitação de valores do Pix. Você pode definir um teto diário ou mensal e ainda exigir a confirmação via biometria para transferências acima de determinado valor.

Quarto, mantenha seu antivírus atualizado e evite instalar aplicativos de fontes desconhecidas. Muitos malwares capturam teclas digitadas e enviam informações ao golpista.

Por último, se algo parecer bom demais para ser verdade – aquele prêmio de R$ 10 mil que você “ganhou” sem participar de concurso – saia correndo. Pesquise o número de contato oficial da empresa ou do órgão antes de fazer qualquer pagamento.

Ficar atento às mudanças de política do Banco Central também ajuda. A nova regra que permite rastrear dinheiro por até 11 dias depois da denúncia já está ajudando a bloquear contas suspeitas antes que o golpe se espalhe.

Em resumo, a melhor arma contra fraudes é a informação. Quando você conhece os truques dos golpistas e segue passos simples de segurança, reduz drasticamente as chances de perder dinheiro. Compartilhe essas dicas com a família e amigos – quanto mais gente souber, menor será o número de vítimas.

Se ainda ficou com alguma dúvida, procure o canal de atendimento do seu banco ou a Ouvidoria do Banco Central. Eles têm informações atualizadas e podem orientar a melhor forma de agir caso você seja alvo de um golpe.