Se você acompanha o setor siderúrgico, já deve ter ouvido falar da Usiminas. A empresa está sempre no centro das discussões sobre produção de aço, emprego e desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Mas o que realmente está acontecendo com a Usiminas nos últimos meses? Vamos destrinchar os números, as decisões estratégicas e o que tudo isso significa para quem investe ou trabalha na região.
O último trimestre mostrou um crescimento de 8% na produção de aço bruto, impulsionado principalmente pela demanda de automóveis e construção civil. O faturamento subiu R$ 3,2 bilhões, superando as previsões dos analistas. Isso aconteceu porque a Usiminas reduziu custos operacionais com a implantação de novas tecnologias de fundição e reciclagem de sucata.
Além do volume, o lucro líquido também teve alta, chegando a R$ 640 milhões, o que representou um salto de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem EBITDA ficou em 12,5%, um número que indica que a empresa está conseguindo manter a rentabilidade mesmo com a volatilidade dos preços do minério de ferro.
Vale notar que a companhia ainda sofre com a variação do preço do carvão e do dólar, que afetam diretamente os custos de produção. Para mitigar esses riscos, a usiminas assinou contratos de hedge que garantem preços mais estáveis para as matérias‑primas nos próximos 12 meses.
Além dos números, a Usiminas tem um papel crucial na geração de empregos em Minas Gerais. O último relatório aponta que a empresa mantém cerca de 13 mil empregos diretos e mais 30 mil indiretos em fornecedores, transportadoras e serviços vinculados. Cada aumento na produção gera um efeito cascata que beneficia pequenas indústrias locais.
O futuro da companhia tem sido marcado por investimentos em sustentabilidade. Em 2023, a Usiminas lançou um projeto de captura de CO₂ que já está reduzindo as emissões em 20% nas suas fábricas de Ipatinga. O objetivo é alcançar a neutralidade de carbono até 2050, alinhando a empresa às exigências internacionais de ESG.
Outra novidade é o plano de expansão da linha de aço de alta resistência, que deve atender à demanda crescente da indústria automotiva por veículos mais leves. Essa linha já está em fase de testes e deve entrar em produção plena ainda em 2025.
Para quem pensa em investir, a Usiminas tem sido considerada uma ação defensiva, com boa liquidez e dividendos regulares. Nos últimos 12 meses, a empresa distribuiu R$ 5,10 por ação, refletindo o compromisso de garantir retorno aos acionistas mesmo em períodos de instabilidade.
Em resumo, a Usiminas está navegando bem entre crescimento de produção, controle de custos e iniciativas verdes. Se você acompanha o mercado de aço, fica ligado nas próximas movimentações da empresa, porque elas costumam antecipar tendências mais amplas do setor industrial brasileiro.
por Gustavo Tibaná
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As ações da Usiminas (USIM5) despencaram 15,94% após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024, que evidenciaram um revés financeiro. A empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo lucro de R$ 287 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita caiu 8% ao ano, totalizando R$ 6.350 bilhões, apesar do crescimento trimestral de 2%.
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