Se você curte um som que mistura Brasil e mundo, já deve ter ouvido o nome Sergio Mendes. Nascido em 1941, na pequena cidade de Niterói, ele começou a tocar violão ainda na adolescência e logo percebeu que a batida da bossa nova era a sua praia. Em vez de seguir a carreira de advogado como a família desejava, Sergio mergulhou nos bares da zona sul do Rio e virou referência para quem buscava algo além do samba tradicional.
Em 1966, Sergio formou o Brasil '66, um grupo que misturava o calor tropical com arranjos de jazz. O sucesso foi imediato: “Mas Que Nada” estourou nas rádios americanas e abriu portas para turnês nos EUA. A combinação de violões, percussão leve e vocais femininos ficou marcada como o "sound" que fez a música brasileira virar moda no exterior. Foi nessa fase que ele recebeu seu primeiro Grammy, provando que o talento não tem fronteira.
Uma das coisas mais legais do Sergio Mendes é a vontade de trabalhar com quem está em alta. Ele já gravou com artistas como The Black Eyed Peas, Stevie Wonder, Herbie Hancock e até com a popstar Ariana Grande. Cada parceria trouxe um tempero diferente, mas sempre manteve a essência do ritmo brasileiro. Por exemplo, a versão de “Feel So Good” com Black Eyed Peas mostrou como o samba pode bater forte num beat de hip‑hop, conquistando fãs de todas as idades.
Além das parcerias, Sergio tem um papel importante como produtor. Ele ajudou a lançar carreiras de músicos como Lani Hall, vocalista do Brasil '66, que depois seguiu solo com sucesso. O produtor também investiu em novos talentos da cena latina, mostrando que seu olhar vai muito além da própria música.
Hoje, com mais de 60 anos de carreira, Sergio Mendes continua se apresentando em festivais, programas de TV e até nas redes sociais. Seu último álbum, "Timeless", traz novas versões de clássicos como "The Girl from Ipanema" e mostra que a música brasileira ainda tem muito a oferecer ao mundo. Se você ainda não conhece esse universo, vale a pena dar o play e sentir a energia que só o ritmo do Brasil pode trazer.
Em resumo, Sergio Mendes não é só um nome, é uma ponte entre culturas. Ele mostrou que o samba, a bossa nova e o jazz podem conversar, criar e emocionar em qualquer canto do planeta. Então, na próxima vez que ouvir aquela batida contagiante, lembre‑se de agradecer ao cara que fez tudo isso acontecer – Sergio Mendes, o cara que colocou o Brasil no topo das playlists globais.
por Gustavo Tibaná
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Sergio Mendes, pianista, compositor e arranjador renomado, faleceu na sexta-feira, 6 de setembro de 2024, aos 83 anos. Mendes foi crucial na popularização da bossa nova e do samba no cenário global, notavelmente com a banda Brasil '66. Seu legado inclui colaborações e sucessos como 'Mas Que Nada' e 'The Look of Love'. Sua morte gerou homenagens e condolências pela sua contribuição à música.
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