Quando Corinthians chegou ao número recorde de 15 decisões desfavoráveis do VAR nesta edição do Campeonato Brasileiro Série A 2025Brasil, o clube já não conseguia segurar a ansiedade da torcida.
A quinta-feira, 3 de outubro de 2025, o Timão viajou ao Estádio Beira-Rio para enfrentar o Internacional. Aos 50 minutos do segundo tempo, a partida ganhou contorno quando o atacante Bruno Henrique caiu dentro da área após uma puxada de Cacá. O árbitro titular Rodrigo José Pereira de Lima consultou o monitor lateral, e o assistente de VAR Gilberto Rodrigues Castro Júnior recomendou a revisão. O juiz acabou aplicando o pênalti, que foi convertido por Carbonero aos 56 minutos, selando o 1 a 1 que frustrou a pretensão de vitória do Corinthians.
Contexto do ranking de decisões do VAR
Desde o início da competição, o levantamento do analista Gato Mestre, do Globo Esporte, aponta que foram 23 revisões envolvendo o Timão. Desses, 15 foram desfavoráveis – o pior saldo entre os 20 clubes da Série A. Em contraste, o Bahia ocupa a segunda posição, com 11 decisões que lhe foram contrárias, enquanto o Vasco da Gama ostenta o melhor balanço (+8).
- Corinthians: 23 análises, 15 desfavoráveis, 8 favoráveis.
- Bahia: 14 análises, 11 desfavoráveis.
- Internacional: 20 análises, 12 favoráveis, 8 desfavoráveis.
- Vasco da Gama: 10 análises, 9 favoráveis, 1 desfavorável.
Esses números não são meros curiosidades; eles já aparecem como tópico frequente nas conferências de imprensa e nas redes sociais dos clubes.
Detalhes da partida Corinthians x Internacional
A partida, marcada para ser um duelo tático, acabou virando estudo de caso sobre a interferência do VAR. Além do pênalti que virou o resultado, outros momentos geraram polêmica: um gol anulado ao Corinthians contra o Bahia, outro ao Vasco, e ainda uma cobrança duvidosa no clássico contra o Santos que acabou confirmada em favor do Timão.
"Precisamos de mais clareza nas decisões. Hoje perdemos um ponto que poderia nos aproximar do G‑4", reclamou o técnico Fernando Lázaro em entrevista pós‑jogo. "O VAR está aí para corrigir erros, não para criar dúvidas".
Já o árbitro central, Rodrigo José Pereira de Lima, justificou a revisão dizendo que "os indicadores mostraram contato evidente, o que nos obrigou a rever a jogada". Por sua vez, Gilberto Rodrigues Castro Júnior acrescentou que "o objetivo é garantir a justiça dentro das regras, mesmo que isso cause desconforto aos times".
Reações dos clubes e especialistas
O presidente do Corinthians, Andrés Sánchez, solicitou ao Conselho Nacional de Arbitragem (CNA) que seja feita uma auditoria dos protocolos de revisão. "Não podemos aceitar que decisões pontuais alterem a nossa campanha", afirmou.
Do lado do Internacional, o diretor‑de‑futebol Luiz Carlos “Lucca” Duarte elogiou a atuação da equipe técnica de arbitragem, dizendo que "a correção foi rápida e precisa, permitindo que o mérito do gol fosse reconhecido".
Especialistas em direito desportivo, como a advogada Mariana Ribeiro da FMV, apontam que o volume de decisões desfavoráveis pode levar a demandas judiciais contra a CBF, caso não haja transparência nos processos de revisão.
Impacto nas posições do campeonato
Com o ponto dividido, o Corinthians ficou na quinta posição, a três pontos do G‑4. Já o Internacional subiu para a terceira colocação, mantendo viva a esperança de disputa por Libertadores. O ranking de decisões do VAR, porém, tem efeito psicológico: jogadores comentam que "ficamos mais cautelosos nas áreas de pênalti".
Em termos de estatísticas, o Timão tem 12 gols marcados e 9 sofridos, enquanto o Internacional acumula 15 gols marcados e 8 sofridos. A discrepância nos balanços do VAR pode, então, influenciar diretamente a definição dos classificados nas próximas rodadas.
Próximos passos e debate sobre o VAR
O debate sobre a consistência do VAR ganhou força nas principais sessões da CBF, que marcaram reunião para analisar os critérios de revisão. A expectativa é que até o próximo mês seja divulgado um “guia de boas práticas” para árbitros de linha e de vídeo.
Enquanto isso, o Corinthians tem um calendário apertado: próximo confronto contra o Flamengo no Estádio do Maracanã, onde a precisão das revisões será, novamente, observada de perto.
O futebol brasileiro segue na encruzilhada entre tecnologia e tradição, e o caso do Timão pode virar ponto de partida para mudanças estruturais que busquem equilibrar justiça e fluidez nas partidas.
Perguntas Frequentes
Como as decisões do VAR têm afetado o Corinthians no Brasileirão 2025?
O Timão teve 15 decisões desfavoráveis, o que resultou na perda de pontos cruciais, como o empate 1 a 1 contra o Internacional. Essa sequência tem colocado pressão sobre a zona de classificação para a Libertadores, mantendo o clube a três pontos do G‑4.
Qual foi o papel do árbitro de VAR na partida contra o Internacional?
O árbitro de vídeo, Gilberto Rodrigues Castro Júnior, analisou a queda de Bruno Henrique e recomendou a revisão ao árbitro principal, Rodrigo José Pereira de Lima, que então confirmou o pênalti, marcado por Carbonero.
Outros clubes também sofrem com decisões negativas do VAR?
Sim. O Bahia tem 11 decisões desfavoráveis, ficando em segundo lugar no ranking negativo. Já o Vasco da Gama apresenta o melhor balanço, com apenas uma decisão contrária e nove a seu favor.
O que a CBF pretende fazer para melhorar a consistência do VAR?
A entidade está preparando um guia de boas práticas que deve ser divulgado nos próximos 30 dias, além de criar um comitê de revisão de decisões que possa analisar casos controversos ao longo da temporada.
Qual é a perspectiva para o próximo clássico entre Corinthians e Flamengo?
Com a pressão do ranking de decisões do VAR, o Timão chega ao Maracanã cauteloso, mas confiante. Uma vitória poderia reparar parte do dano causado pelas revisões e recolocar o clube na luta direta pela Libertadores.
Comentários
Ariadne Pereira Alves outubro 5, 2025 AT 20:28
O VAR tem sido alvo de críticas desde que chegou ao Brasileiro, e os números do Corinthians deixam claro que o problema não é pontual, mas estrutural, afetando diretamente a pontuação da equipe. Cada revisão desfavorável gera um efeito cascata nas táticas dos treinadores, que passam a adotar posturas mais conservadoras dentro da área. Além disso, os dados mostram que o Bahia e o Vasco também enfrentam situações semelhantes, embora em menor escala. A transparência nos processos de revisão poderia reduzir a sensação de injustiça dos torcedores.
Marko Mello outubro 6, 2025 AT 17:33
É impossível não notar que o panorama atual do VAR no Brasileirão, especialmente quando analisamos o caso do Corinthians, revela uma série de inconsistências que se acumulam ao longo da temporada, refletindo não apenas na tabela de classificação, mas também na confiança dos atletas e da comissão técnica, que passam a questionar a eficácia de um sistema que deveria garantir a justiça; porém, ao invés de servir como guardião da lisura esportiva, muitas vezes acaba se tornando um elemento de incerteza que gera discussões acaloradas nas arquibancadas e nas redes sociais, impactando diretamente o moral dos jogadores que, ao observar decisões desfavoráveis repetidas, podem sentir-se desmotivados, especialmente nas fases decisivas do campeonato, quando cada ponto tem um peso significativo, e não podemos ignorar que a pressão psicológica associada a essas revisões pode influenciar até mesmo a performance individual em campo, levando a momentos de hesitação dentro da área de ataque ou defesa, algo que os treinadores precisam contornar com ajustes táticos, o que consome tempo e energia que poderiam ser destinados à preparação de jogadas ofensivas; além disso, o fato de que clubes como o Bahia também aparecem no ranking negativo indica que o problema tem dimensões sistêmicas, e não se trata de um caso isolado, requerendo, portanto, uma revisão profunda dos protocolos, possivelmente incluindo auditorias independentes e a publicação de relatórios de transparência, de forma que a comunidade futebolística possa acompanhar as decisões e entender os critérios utilizados pelos árbitros de vídeo, pois somente assim poderemos restaurar a credibilidade do VAR e garantir que ele cumpra seu objetivo primordial de corrigir erros, e não de gerar novas controvérsias que alimentam o ceticismo dos torcedores.
Maria Eduarda Broering Andrade outubro 7, 2025 AT 14:39
O VAR parece uma caixa preta que só decide contra quem tem mais torcida.
Matteus Slivo outubro 8, 2025 AT 11:44
Do ponto de vista tático, cada revisão desfavorável obriga o técnico a repensar a postura ofensiva, pois os jogadores passam a evitar a área de perigo, temendo novas intervenções.
Isso pode reduzir a criatividade no ataque e prejudicar o número de chances criadas.
Anne Karollynne Castro Monteiro outubro 9, 2025 AT 08:49
É revoltante ver o Timão perder pontos por causa de decisões duvidosas.
Precisamos de justiça.
Caio Augusto outubro 10, 2025 AT 05:54
Vamos enxergar esses números como um alerta para a comissão técnica.
Com mais foco nos treinamentos defensivos e na disciplina dentro da área, podemos minimizar o impacto de decisões adversas.
Além disso, o clube deve pressionar a CBF por maior clareza nos critérios de revisão.
Uma comunicação transparente beneficiará todos os envolvidos.
Continuemos apoiando o time, mas com a cabeça fria.
Raquel Sousa outubro 11, 2025 AT 02:59
Varão, será que o VAR tem fila preferencial? Cada ponto perdido pesa mais na história.
É hora de virar o jogo.
Trevor K outubro 12, 2025 AT 00:04
Precisamos pressionar a CBF por regras mais claras, pois a falta de transparência alimenta a sensação de parcialidade.
Os árbitros devem ter treinamentos constantes, isso reduz erros humanos.
Os clubes também têm papel ativo, solicitando auditorias independentes.
Se cada revisão for documentada, torcedores terão mais confiança.
O futuro do futebol depende dessa evolução.
Luis Fernando Magalhães Coutinho outubro 12, 2025 AT 21:09
Os números são claros, mas o que realmente importa é a consistência nas decisões; sem isso, o VAR perde credibilidade.
É preciso uniformizar os critérios entre as diferentes federações regionais.
Carolina Carvalho outubro 13, 2025 AT 18:15
Ao analisar a situação, percebemos que a postura defensiva das equipes mudou significativamente após as revisões desfavoráveis.
Os jogadores evitam entrar na área de pênalti, o que reduz a produção de gols.
Essa mudança de comportamento também afeta a criatividade dos atacantes, que se sentem limitados.
Os treinadores, por sua vez, têm que adaptar suas estratégias, muitas vezes sacrificando o estilo de jogo ofensivo.
É um efeito colateral direto das decisões do VAR.
Portanto, a transparência e a padronização nas revisões são essenciais para manter a identidade do futebol brasileiro.
Joseph Deed outubro 14, 2025 AT 15:20
O clima de desconfiança está crescendo entre os jogadores, que passam a questionar a validade das decisões.
Isso pode gerar atritos internos no vestiário.
Pedro Washington Almeida Junior outubro 15, 2025 AT 12:25
Talvez o VAR esteja focado demais nos grandes clubes.
É preciso olhar para todos.
Portal WazzStaff outubro 16, 2025 AT 09:30
Entendo a frustração de quem acompanha o jogo, mas lembrar que a tecnologia também trouxe corrigidos importantes pode ajudar a equilibrar a visão.
Quando o VAR anulou um gol claramente fora de jogo, evitou uma vitória injusta.
É questão de olhar o panorama completo.
Continuemos a cobrar melhorias sem perder de vista os acertos.
Anne Princess outubro 17, 2025 AT 06:35
Chega de desculpas! O VAR está sabotando o futebol e a CBF precisa ser responsabilizada agora.
Não dá mais para aceitar decisões arbitrárias que favorecem apenas alguns clubes.
Exijo transparência total e punições para os árbitros que errarem deliberadamente.
O torcedor merece justiça.
Vamos à rua se for preciso.
Adriano Soares outubro 18, 2025 AT 03:40
Vamos buscar diálogo construtivo e soluções que beneficiem todos os times.
O futuro do futebol depende da união.