Saiba Tudo Notícias

Samba Jazz: a mistura que agitou a música brasileira

Se você curte samba ou jazz, já imaginou o que acontece quando junta os dois? O samba jazz nasce dessa fusão, trazendo a batida contagiante do samba com a harmonia sofisticada do jazz. O resultado é um som cheio de swing, melodia e aquele toque de brasilidade que faz qualquer pista de dança ferver.

Como tudo começou?

A história do samba jazz começa nos anos 60, quando músicos brasileiros começaram a estudar nos EUA e trazer de volta as técnicas do bebop e do cool jazz. Um dos pioneiros foi o trompetista Rubens Bassini, que já tocava nas rodas de samba do Rio e, ao voltar, misturou acordes de Miles Davis com a percussão típica dos terreiros. Na mesma época, o pianista e arranjador João Donato experimentou acordes dissonantes sobre o batuque do pandeiro, criando o que hoje chamamos de “swing do samba”.

O movimento ganhou força nos clubes da Bossa Nova, onde nomes como Antonio Carlos Jobim e Luiz Bonfá começavam a improvisar sobre progressões de jazz. Não demorou muito para que bandas inteiras surgissem focadas nessa nova sonoridade, como o grupo “Bossa Nova 66” e o quarteto de Edu Lobo, que levaram o samba jazz para festivais internacionais.

Quem toca hoje?

Nos dias atuais, a cena está mais viva que nunca. O saxofonista Hamilton de Holanda combina a rapidez do choro com solos dignos de John Coltrane. O violonista Hamilton Alves cria trilhas sonoras que lembram tanto o Rio de Janeiro quanto Nova York. No Rio, o coletivo “Samba Jazz Collective” reúne bateristas, contrabaixistas e tecladistas que tocam em bares como o Bar da Lapa, misturando pagode, funk e improvisação livre.

Se a ideia é descobrir novos nomes, vale conferir a playlist “Samba Jazz Brasil” nas principais plataformas de streaming. Lá aparecem artistas como Marcio Montarroyos, que mistura sax e flauta, e a vocalista Thaís Santana, que tem o timbre doce da bossa mas improvisa como uma cantora de bebop.

Além dos músicos, produtores como Thales Andrade têm investido em gravadoras independentes que dão espaço para experimentos. Esses selos lançam discos em vinil que são puro ouro para colecionadores e amantes de som analógico.

Para quem quer aprender, muitas escolas de música nas capitais oferecem aulas de harmonia e improvisação focadas no samba jazz. A técnica mais importante é sentir o groove: manter o ritmo do tamborim enquanto explora escalas menores e cromáticas, como quem faz um passeio entre duas culturas.

E aí, ficou com vontade de ouvir ou tocar? Procure um bar próximo que tenha jam sessions ao vivo, pegue um violão ou um sax e experimente mesclar acordes de samba com linhas de jazz. O mais legal do samba jazz é que ele não tem regras rígidas – basta deixar a criatividade fluir.

Não importa se você já acompanha o movimento há anos ou está descobrindo agora, o samba jazz oferece uma trilha sonora perfeita para quem busca ritmo, elegância e uma pitada de nostalgia brasileira. Então, aumente o volume, sinta o swing e deixe o Brasil invadir o seu jazz!

setembro 7, 2024

Luto na Música Brasileira: Falecimento de Sergio Mendes, Ícone do Samba-Jazz, aos 83 Anos

Sergio Mendes, pianista, compositor e arranjador renomado, faleceu na sexta-feira, 6 de setembro de 2024, aos 83 anos. Mendes foi crucial na popularização da bossa nova e do samba no cenário global, notavelmente com a banda Brasil '66. Seu legado inclui colaborações e sucessos como 'Mas Que Nada' e 'The Look of Love'. Sua morte gerou homenagens e condolências pela sua contribuição à música.

Leia Mais