Se você acompanha futebol, já deve ter ouvido falar de porta‑bandeira. Não, não é quem carrega a bandeira do time na torcida. No campo, esse termo designa um jogador que tem um papel bem específico, quase como um segurança da área de ataque. Vamos descomplicar o assunto e mostrar por que ele ainda é importante nos jogos de hoje.
A palavra vem do italiano portabandiera, que era usada nos torneios de futebol no início do século XX. Naquela época, o portabandiera ficava próximo ao atacante principal, ajudando a proteger a bola e a marcar o ponto de referência para os passes longos. O cargo evoluiu junto com as táticas, passando de um simples “cortina” para um jogador mais técnico, que participa da construção das jogadas.
Nos anos 1930 e 1940, clubes como o São Paulo e o Fla fizeram do porta‑bandeira uma peça de reserva, mas ainda assim essencial. Ele precisava ter bom posicionamento, ler o jogo rápido e, claro, ser forte nos duelos físicos. Esse papel ajudou a definir como os laterais e atacantes se movimentam nos laterais do campo.
Hoje, o porta‑bandeira costuma ser um lateral‑esquerdo ou um meio‑campo mais recuado que tem como missão principal proteger a zona de ataque. Ele fica na linha de fundo, pronto para receber cruzamentos, defender a área e, quando o time tem a posse, servir de ponto de apoio para lançamentos longos.
Mas não pense que o papel é só defensivo. Muitos treinadores usam o porta‑bandeira como quem tem acesso ao primeiro passe para o atacante, criando jogadas rápidas. Ele precisa ser bom de cabeça, ter bom passe curto e saber colocar a bola na linha de fundo no momento certo.
Na prática, observar um porta‑bandeira em ação é perceber um jogador que
Olhar para jogos de times como o Palmeiras ou o Corinthians ajuda a notar como o porta‑bandeira pode mudar o ritmo da partida. Quando ele falha, a defesa abre espaço; quando cumpre bem, o ataque ganha mais segurança.
Além de jogar, o porta‑bandeira tem um lado simbólico: ele representa a ligação entre a torcida e o campo. Em muitas partidas, os fãs levantam bandeiras para incentivar o jogador que está ali, como se fosse uma troca de energia.
Então, da próxima vez que assistir a um jogo, preste atenção na pessoa que está quase sempre na linha de fundo, com a cabeça erguida, pronto para proteger ou lançar a bola. Esse é o porta‑bandeira, e entender seu papel pode fazer a diferença entre torcer de forma passiva ou saber exatamente por que aquele lance saiu do jeito que saiu.
por Gustavo Tibaná
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LeBron James, ícone do basquete internacional, foi selecionado pelo Comitê Olímpico dos EUA como porta-bandeira na cerimônia de abertura das Olimpíadas. Em sua quarta participação olímpica, James se torna o terceiro jogador de basquete a carregar a bandeira dos EUA nesse evento. A escolha reflete sua influência duradoura no esporte.
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