Se você acompanha o futebol, com certeza já ouviu o nome Fernando Diniz em todas as discussões sobre tática. Ele chegou ao cenário nacional como jogador, mas foi na comandância que ganhou fama, promovendo um estilo de jogo baseado na posse de bola e na criatividade. Nesta página você vai entender como ele chegou onde está, quais títulos já colecionou e por que seu jeito de treinar mexe com a cabeça de torcedores e jornalistas.
Fernando Diniz começou como meio‑campo no Botafogo SP e depois virou técnico de equipes de base. Seu primeiro destaque foi no Audax, onde implementou um futebol de toque que surpreendeu até os rivais mais tradicionais. Em 2018, assumiu o Athletico Paranaense e levou o clube a duas finais de Copa do Brasil, além de uma semifinal da Libertadores – resultados raros para um time fora dos grandes centros. Depois, comandou o São Paulo, Vasco da Gama e voltou a dirigir o Botafogo, sempre com a mesma proposta de jogo.
Os troféus que Diniz tem no currículo não são muitos, mas cada um tem peso: a Copa Sul‑Mineira com o Audax, o título da Primeira Liga do Campeonato Brasileiro com o Athletico e o acesso salvado ao Botafogo em 2023. Mais importante que o metal, ele conquistou respeito ao fazer times pequenos jogarem como grandes, colocando a bola no chão e criando oportunidades com poucos lances.
O que diferencia Fernando Diniz de outros técnicos é a obsessão pela bola. Ele acredita que quem tem a posse controla o ritmo e impede que o adversário crie perigo. Por isso, treina histeria de passes curtos, movimentação constante e pressão alta logo após perder a bola. Nas práticas, os jogadores fazem exercícios de “rondo” e “posse em triângulo”, que parecem brincadeira, mas desenvolvem a inteligência coletiva.
Essa filosofia tem duas faces: quando funciona, oferece um futebol bonito, cheio de chances e espetáculos. Quando falha, pode deixar o time vulnerável, pois poucos erros são perdoados. Por isso, clubes que contratam Diniz costumam aceitar um risco maior em troca da identidade de jogo.
Nos últimos anos, Diniz tem adaptado seu método a diferentes elencos. No Botafogo, por exemplo, ele usou jogadores experientes como Carlos Eduardo para liderar a linha de frente, ao mesmo tempo que deu espaço a jovens da base que entendem a linguagem de toque rápido. O resultado foi um time que surpreende mesmo contra rivais mais fortes.
Se você quer saber se o estilo de Diniz combina com seu clube, observe três pontos: a qualidade técnica dos atletas, a disposição para treinar intensamente a posse e a tolerância da diretoria a períodos de ajuste. Quando esses três pilares estão alinhados, o técnico costuma transformar o time em uma referência de futebol ofensivo.
Por fim, a influência de Fernando Diniz vai além dos campos. Ele inspira jovens treinadores a abandonarem o velho 4‑4‑2 defensivo e a buscarem alternativas mais criativas. Cada partida, cada treino, cada entrevista sua tem gerado debates sobre o futuro do futebol brasileiro. Seja você torcedor, treinador ou simples curioso, acompanhar a trajetória de Diniz vale a pena, pois ele ainda tem muito a provar e a ensinar.
por Gustavo Tibaná
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Fernando Diniz, técnico do Fluminense, não estará à beira do campo no clássico Fla-Flu por conta de suspensão. O treinador está sob pressão devido ao mau desempenho da equipe, que ocupa a última colocação do Campeonato Brasileiro. A torcida pede sua saída, mas a diretoria mantém apoio.
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