A doença de Newcastle é um problema sério que afeta galinhas, perus, patos e outras aves. Ela é causada por um vírus muito resistente, que se espalha rápido em granjas e faz muita gente perder produção. Se você tem criação de aves, mesmo que pequena, é bom ficar de olho nos sinais e saber como proteger seu plantel.
O vírus entra pelo ar, pela água contaminada ou até pelo contato direto com bichos infectados. Por causa disso, lugares onde as aves ficam juntas, como galinheiros e viveiros, são ambientes perfeitos para a doença se espalhar. Uma coisa que ajuda muito a conter a situação é manter a higiene e evitar misturar lotes diferentes sem quarentena.
Os sinais da doença de Newcastle variam, mas alguns são bem típicos. A ave pode ficar com a cabeça caída, olhos vermelhos e secreção nasal. Em casos graves, acontece a chamada “paralisia de asa”, onde a caixa torácica se encolhe e a ave parece estar sem ar. Também pode haver queda na produção de ovos, diarreia ou até morte súbita.
Fica de olho também em comportamentos estranhos: aves agitadas, que batem as asas contra o poleiro, ou que ficam com o pescoço rígido. Esses indícios são alerta para agir rápido, porque quanto antes o veterinário chegar, maiores são as chances de controlar o surto.
A melhor forma de lidar com a doença é prevenir. Vacinar o rebanho segue o calendário recomendado pelo Ministério da Agricultura e protege a maioria das aves contra as cepas mais comuns. A vacinação deve ser feita nas doses corretas e reposta quando necessário.
Além da vacina, a limpeza diária dos galinheiros, troca de água e ração em recipientes limpos, e desinfecção de equipamentos são passos simples que fazem diferença. Se trouxer aves de outra granja, isole-as por pelo menos duas semanas antes de soltá‑las com o restante do plantel.
Em caso de suspeita, isole as aves afetadas e chame um veterinário imediatamente. O profissional pode colher amostras para diagnóstico laboratorial e indicar medidas como quarentena, restrição de movimentação e, em alguns casos, aplicação de antivirais.
Lembre‑se: a doença de Newcastle não tem cura no sentido tradicional, mas o controle é possível quando todos seguem boas práticas. Manter registro de vacinação, observar a saúde do bicho todo dia e agir rápido quando algo parece errado são atitudes que salvam seu negócio e evitam perdas.
Se você ainda não tem um plano de biossegurança, agora é a hora de montar um. Comece anotando quem entra e sai da granja, quais materiais são desinfetados e com que frequência. Um plano bem estruturado reduz custos a longo prazo e deixa sua criação mais saudável.
Em resumo, a doença de Newcastle é evitável e controlável. Com vacinação em dia, higiene rigorosa e atenção aos primeiros sinais, você mantém suas aves produtivas e evita surpresas desagradáveis. Não deixe para depois: informe sua equipe, revise o protocolo e garanta que seu rebanho esteja protegido.
por Gustavo Tibaná
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