Assédio pode aparecer em qualquer ambiente – na empresa, na escola, nas redes sociais ou até em casa. Muitas vezes a gente acha que “é só um comentário” ou que “não tem gravidade”, mas com o tempo essas atitudes se acumulam e criam um clima tóxico. Se você já sentiu desconforto, medo ou vergonha depois de alguma situação, é sinal de que algo não está certo. Neste texto vamos explicar de forma simples o que conta como assédio, quais são os tipos mais comuns e, principalmente, o que fazer para se proteger e denunciar.
O assédio sexual é o que a maioria pensa primeiro: investidas de cunho sexual, insinuações, toques indesejados ou mensagens que ultrapassam o limite do respeito. Mas tem também o assédio moral, que acontece quando alguém usa ofensas, humilhações ou pressões constantes para desestabilizar a vítima. No ambiente de trabalho, o assédio pode ser ainda mais sutil, como exigir favores pessoais em troca de promoção ou distribuir tarefas de forma discriminatória. Não podemos esquecer o cyber assédio, que inclui ameaças, difamação ou chantagem nas redes sociais e aplicativos de mensagem.
Esses comportamentos têm algo em comum: o poder desequilibrado entre quem age e quem recebe. Quando a vítima sente que não tem voz ou tem medo de perder algo importante – o emprego, a noite tranquila ou a reputação – o assédio ganha força. Por isso, reconhecer os sinais cedo faz toda a diferença. Fique de olho na frequência das atitudes, se elas te deixam ansioso ou se tornam uma rotina que afeta seu bem‑estar.
Se você identificou alguma situação de assédio, o primeiro passo é registrar tudo: data, hora, quem estava presente, mensagens trocadas e o que foi dito ou feito. Esse registro pode ser crucial na hora de formalizar a denúncia. Depois, procure o canal interno da empresa ou instituição – geralmente há um setor de recursos humanos ou ouvidoria preparado para receber essas queixas de forma confidencial.
Quando o assédio ocorre fora do ambiente institucional ou envolve ameaças graves, é hora de acionar as autoridades. No Brasil, a Delegacia Especializada de Violência Contra a Mulher (ou delegacias de crimes contra a pessoa) aceita denúncias de assédio sexual e moral. Também existe o Disque 180, que funciona 24h e ajuda vítimas a encontrar apoio psicológico e jurídico.
Além disso, não subestime o poder do apoio de amigos, familiares ou colegas de confiança. Conversar ajuda a aliviar o peso e pode revelar detalhes que você ainda não percebeu. Se precisar de ajuda profissional, busque serviços de psicologia gratuitos ou a Defesa Pública, que oferece orientação legal sem custo. Lembre‑se: denunciar não é fraqueza, é um passo corajoso para retomar o controle da sua vida.
por Gustavo Tibaná
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Cadu Moura, comediante e editor de vídeo, foi acusado de assédio por Tatá Mendonça, uma comediante cega. O incidente ocorreu durante uma apresentação de stand-up no dia 14 de setembro de 2024, e foi registrado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Moura foi filmado tocando Tatá inapropriadamente no palco.
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