Quando alguém fala em dívida judicial, a primeira coisa que vem à cabeça costuma ser medo de ter bens penhorados ou o nome sujo. Mas o que realmente significa essa expressão?
Basicamente, dívida judicial é qualquer obrigação que já foi levada ao Judiciário. Pode ser um imposto, uma multa, um crédito de banco ou até um desconto que o INSS deixou de pagar. Quando a parte devedora não cumpre o que foi decidido, o juiz autoriza medidas de cobrança: bloqueio de contas, penhora de imóveis ou até suspensão de benefícios.
A maioria das dívidas chega ao Judiciário porque a pessoa ou empresa não conseguiu pagar no prazo. Em vez de simplesmente cancelar, o credor abre um processo para garantir que o valor seja recebido. Isso acontece, por exemplo, quando a Receita Federal cobra tributos atrasados, quando um banco tenta receber um empréstimo inadimplente ou quando o próprio INSS retém valores por pagamentos indevidos.
Outra razão comum são as chamadas "cobranças indevidas". Se o consumidor percebe que foi cobrado errado, ele pode entrar com ação na justiça pedindo a devolução ou a revisão da dívida. Assim, a dívida pode ser reconhecida como válida ou anulada, dependendo do que o juiz decidir.
Se o seu nome já está na lista de devedores, o primeiro passo é procurar o processo que está correndo. O site do Tribunal de Justiça do seu estado costuma disponibilizar a consulta gratuita usando o número do CPF ou CNPJ. Lá você vai encontrar a pauta, o valor e a data de vencimento.
Depois de localizar o processo, entre em contato com o advogado ou com a parte credora. Muitas vezes, eles oferecem um acordo para pagamento à vista com desconto ou parcelamento. Aceitar um acordo pode evitar a penhora de bens e ainda tirar o nome dos cadastros de restrição.
Se a dívida for do INSS, o caminho pode ser um pouco diferente. O Ministério da Fazenda tem um portal chamado "Meu INSS" onde você pode gerar a guia de pagamento de descontos indevidos ou de débitos administrativos. A regularização por esse canal costuma ser mais rápida, pois o próprio órgão emite o boleto.
Quando o valor for muito alto e não houver condições de pagar tudo de uma vez, procure a Defensoria Pública ou um advogado de assistência gratuita. Eles podem entrar com pedido de parcelamento judicial ou solicitar a revisão de juros abusivos.
Por fim, depois de quitar a dívida, peça a certidão de quitação ao juiz e solicite a retirada do seu nome dos cadastros de inadimplentes. Essa certidão pode ser enviada por e‑mail ou retirada presencialmente no cartório.
Regularizar uma dívida judicial exige paciência, mas seguir esses passos evita surpresas desagradáveis no futuro. Se precisar de ajuda, não hesite em buscar orientação profissional. Assim, você fica livre das restrições e volta a ter tranquilidade financeira.
por Gustavo Tibaná
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