1966 ficou marcado como um ano de contrastes no Brasil. Enquanto a Seleção jogava a Copa do Mundo na Inglaterra, o país vivia um governo militar que havia chegado ao poder dois anos antes. Essa mistura de futebol, política e cultura ainda gera dúvidas e curiosidades. Vamos lembrar os principais acontecimentos de forma prática?
A Seleção entrou na fase de grupos como bicampeã, mas o torneio acabou sendo frustrante. Depois de empatar com a Bulgária (1 a 1) e perder para a Hungria (3 a 1), o Brasil precisou vencer a Coreia do Norte. O Brasil fez 3 a 1, mas já estava eliminado. A campanha deixou a torcida marcada, e tem sido tema de debates até hoje. O que mudou? Treinadores, táticas e até a preparação física evoluíram muito desde então.
Em 1966 o regime militar consolidava seu controle. O presidente Castelo Branco adotou o Plano de Abertura Econômica, que buscava estabilizar a inflação e atrair investimentos estrangeiros. O Resultado foi um crescimento moderado, mas a repressão política aumentou: prisão de opositores, censura e suspensão de direitos civis eram rotina. Esse clima afetou a produção cultural – artistas precisavam driblar a censura para lançar suas obras.
Na música, o bossa nova ainda ecoava nas rádios, mas surgiam novos sons como a Jovem Guarda, que misturava rock e pop. Cantores como Roberto Carlos conquistavam o público jovem, trazendo um ritmo mais leve e dançante. Essa diversidade musical refletia a busca por identidade em meio à tensão política.
Economicamente, a produção de café ainda era importante, mas o país começava a diversificar. A indústria automobilística ganhou espaço, com montadoras estrangeiras inaugurando fábricas. Esse movimento criou milhares de empregos, mas também trouxe problemas como a concentração de renda e a urbanização acelerada.
Para quem quer entender o Brasil de 1966, vale observar como esporte, política e cultura se entrelaçaram. A derrota na Copa foi um ponto de partida para mudanças táticas que só se consolidariam nas décadas seguintes, enquanto o regime militar moldou decisões econômicas que ainda ressoam hoje.
Se você quiser revisitar outros momentos de 1966, dê uma olhada nos nossos artigos sobre o Pix e a nova lei de proteção ao consumidor, ou confira a cobertura da Mega Sena que também marcou o ano. Cada notícia ajuda a montar o quebra‑cabeça da história do Brasil.
Em resumo, 1966 foi um ano de aprendizado e de contrastes: um time que não conseguiu repetir o brilho de 1958 e 1962, um governo que impôs disciplina mas também buscou modernizar a economia, e uma cena cultural que encontrava novas vozes. Tudo isso faz do Brasil '66 um capítulo fascinante para quem gosta de entender nosso passado.
por Gustavo Tibaná
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Sergio Mendes, pianista, compositor e arranjador renomado, faleceu na sexta-feira, 6 de setembro de 2024, aos 83 anos. Mendes foi crucial na popularização da bossa nova e do samba no cenário global, notavelmente com a banda Brasil '66. Seu legado inclui colaborações e sucessos como 'Mas Que Nada' e 'The Look of Love'. Sua morte gerou homenagens e condolências pela sua contribuição à música.
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